terça-feira, 12 de outubro de 2010

Lugares Peculiares!

Bonito - Mato Grosso do Sul
Piraputangas no Rio Formoso - Balneário Municipal (Foto: Kenia Bahr)

Em primeiro lugar: beleza natural extraordinária! 

Água limpíssima, transparente, temperatura agradável, fauna rica, principalmente a ictiofauna. Tudo calcáreo, o que além de filtrar a água e torná-la tão límpida, resseca a pele e o cabelo. Nada que bons hidratante e condicionador não resolvam, por alguns dias...

Existem formas mais interessantes (do meu ponto de vista, claro) de se conhecer Bonito, alternativamente aos sistemáticos "pacotes" e "passeios" oferecidos (para não dizer empurrados) pelas agências de turismo da cidade e da região. Voltei de lá com uma impressão de tentativa de exploração muito grande. As agências, hotéis, pousadas, motoristas e todo mundo envolvido de alguma forma na exploração do turismo (e do turista, diga-se de passagem), tentam exaustivamente nos convencer a fazer todos os passeios possíveis, de preferência dois ou três no mesmo dia. Os passeios são previamente programados e organizados por uma espécie de "máfia" composta pelos donos de agências/pousadas, guias turísticos e donos das propriedades. Por incrível que pareça, todos os lugares de visitação, com excessão do balneário municipal, encontram-se dentro de propriedades particulares e pagamos em peso de ouro para acessá-los (R$ 25 a R$ 360 :0). Além disso, os pacotes são tão assépticos, que o que se consegue ver com tantas filas e pessoas faladeiras, são macacos pregos super treinados a conseguir alguma comida e pobres araras vermelhas (belíssimas!) que derrubam as lixeiras dos banheiros para comer o lixo :'(.  O mesmo vale para passeios com mergulho, obviamente a fauna "nada correndo" quando toda aquela gente aparece. 
Arara cevada, coitada. (Foto: Eliana Moraes)

Outro problema grave em Bonito: transporte. Ou você aluga um carro pela bagatela de R$ 100/dia ou aluga um táxi (com motorista) por R$ 120. Como é tudo metodicamente organizado para o turismo, não há risco de se perder, existem placas indicativas para todos os lados.  


O bom é que SEMPRE existem alternativas ao sistema! Então fizemos o seguinte (por sinal nossa atitude foi vista com péssimos olhos pelos interessados nos pacotes): alugamos bicicletas e fizemos um mapa dos passeios que conseguiríamos realizar pedalando! Nada de motores roncantes, muito exercício físico e Bonito mostrou uma cara que os "turistas padrão" não vêem. Foi a mais sábia decisão. 

 A lista de passeios está disponível em vários sites da internet, vou postar uns links mais pro final. De todos os lugares visitei alguns que valeram a muito a pena, pude me deslocar de pedal e não tive que vender minhas roupas pra pagar (tsc tsc...)... 
- Balneário Municipal: é entrecortado pelo Rio Formoso, há pouca variedade de peixes porém grande densidade - milhares de piraputangas, muitos dourados e corimbas, entre outros menores. Há uma lontra enorme que mora na parte mais funda do rio e que pela manhã, antes do barulho mais intenso e dos movimentos mais fortes dos banhistas, pode ser avistada nadando e caçando ( tem o comprimento aproximado de uma criança de 12 anos!) A entrada custa R$ 15 na alta temporada (leia-se dezembro, janeiro e feriados nacionais) e R$ 10 na baixa, durante o restante do ano. Pode-se alugar um snorkel e um colete (opcional) por cerca de R$ 3,00 a hora ou R$ 5,00 pelo dia todo. Aí é só flutuar e observar. Lindo!


No balneário há três lanchonetes que vendem todo tipo de alimentos e bebidas. Aliás, falando em comida, fiquei um pouco assim com as típicas de lá. O povo lá bate na tecla de que carne de jacaré é comida típica de bonito, achei meio forçado. Acho que é mais um "impressiona turista", já que um espetinho de jacaré custa a bagatela de R$ 48,00. 
Apesar do toda aquela pecuária extensiva - milhares e milhares de cabeças de nelore por todo canto - as carnes de gado não são boas, experimentei em uns três restaurantes e fiquei só no experimento. Peixes também não se encontram com facilidade, apesar de ter comido pintado na brasa em um restaurante... não foi satisfatório. 


Da região há algumas frutas, como a guavira, o que aqui chamamos gabiroba. Clique aqui para mais informações sobre a  Guavira.

Outra que me chamou à atenção foi o  Jaracatiá, árvore da qual se aproveitam, a princípio, os frutos, aos quais chamamos aqui mamãozinho-bravo, para fazer doces e o palmito que pode ser retirado aos poucos, sem que a árvore pereça pois o tecido é aos poucos reconstituído. Faz-se com esse palmito ralado doces, sorvetes e recheios para bombons. O sabor lembra o do coco.


- Projeto Jibóia: é um programa noturno que rola na própria cidade. O dono do espaço, Henrique, é um criador de cobras não peçonhentas, mais especificamente jibóias e pítons.

Assistimos uma palestra bizarra sobre as cobras e de quebra podemos tirar uma fotinho com a bichinha enrolada no pescoço. Claro que é pago... hehehe




- Aquário natural: é a tradução mais perfeita de bonito. Fauna aquática riquíssima, nascentes no fundo do rio. É tão límpido que não parece que estamos dentro da água. Por cerca de R$ 120 vc pega um snorkel e flutua durante uma meia hora.


- Ilha Bonita, Ilha do Padre: muito bom esse passeio. Vamos até a ilha bonita, um balneário meio artificializados, mas ótimo para banhos. Ali, pegamos um bote e fazemos um rafting pelo rio, por cerca de 7 km. O rio é aquele mesmo rio formoso, lindíssimo. No caminho podem ser vistos biguás enormes, tucanos e vários outros tipos de aves, além de répteis, quatis e macacos. Desembarcamos na Ilha do Padre, balneário mais natural, muito lindo, cachoeiras e infraestrutura bem interessante.







 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E pensando em bicicleta... recebi essa reportagem muuuuito legal da Lika que por sua vez recebeu da Fabíula. Viva a liberdade!

Vai aí:

Aventura

Projeto Homem

Livre: administrador mineiro
percorre o mundo de bike

Ideia é percorrer 50 países e 43 mil km, em quase mil dias. Veja as etapas de sua viagem e o relato “Un free ragazzo til globe terreste!”

O Projeto Homem Livre, dividido em 8 etapas, teve início em Belo Horizonte, no dia 8 de agosto de 2008, quando o administrador Danilo Perrotti Machado seguiu a Estrada Real até a cidade do Rio de Janeiro. De lá, embarcou em vôo para a Europa, iniciando a 2ª etapa, passando por países como Inglaterra, Holanda e Noruega, cruzando a Europa até chegar à Grécia. A 3ª etapa, no Oriente Médio e África, teve início na Turquia e finalizou nos Emirados Árabes. A Ásia, 4ª etapa da viagem, que está em andamento, começou no Irã e terminará na Indonésia. Na próxima fase dois países serão percorridos: Austrália e Nova Zelândia. Canadá e Estados Unidos da América são os próximos, representando a 6ª etapa.

Dos Estados Unidos, Danilo chega ao México, iniciando a 7ª etapa, que percorre países como Honduras e Nicarágua, chegando ao Panamá. A 8ª e última etapa – na América do Sul - tem início na Colômbia, passa pela floresta amazônica e chega a Minas Gerais, em Belo Horizonte, onde a viagem começou.

No Caminho de Compostela

O desejo de embarcar na aventura surgiu quando ele fazia o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. “Morava há dois anos na Europa e saí de bicicleta para fazer o caminho. Passei por cinco países e pedalei cerca de 4,3 mil quilômetros, por 56 dias”, conta. Ao chegar ao seu destino, Machado decidiu que iria até o Marrocos. “Foi aí que percebi que tinha condições de dar a volta ao mundo e voltei ao Brasil com planos para essa viagem”, explica.

Projeto Homem Livre

Depois de amadurecer a idéia, Machado criou o projeto Homem Livre, com o objetivo de impulsionar as pessoas a seguirem seus sonhos, a fazerem o que gostam e serem livres para escolher, enxergando a vida por um novo ângulo. “O projeto busca ainda mostrar o mundo para o mundo. Como estarei em contato com culturas e povos diferentes, acabo me inserindo na realidade dos países em que chego e passo a ter propriedade para mostrar aqueles costumes. Considero-me um intermediador de culturas em um mundo onde não existam fronteiras, governos ou religiões, mas apenas um planeta chamado Terra”.

O Homem Livre tem como base filosófica o pensamento de alguns estudiosos, como o norte-americano Joseph Campbell, famoso por seus estudos de mitologia e religião comparativa. “Toda essa base teórica permeia nosso pensamento e pode ser compreendida nas ações que incentivamos buscando sempre a realização e a liberdade do indivíduo”, ressalta. Machado dedica-se, ainda, ao estudo de povos e culturas, como o budismo, hinduísmo e o islamismo. Ele observa que estará ao encontro de várias culturas diferentes, que merecem ser compreendidas e respeitadas. “Por isso é necessário estudá-las.”

Site interativo

O Projeto Homem Livre conta com um site próprio, inovador, que será o canal de comunicação entre o esportista e seu público, que poderá acompanhar de perto a aventura. Clicando no link “rota”, é possível localizar qual parte do planeta o esportista estará percorrendo. Na medida em que ele for chegando às cidades, sempre que possível fará a atualização com novas fotos. “Levarei ainda uma microcâmera que gravará algumas partes da viagem. Os vídeos serão postados no site e isso fortalece a idéia do Homem Livre, que sai viajando pelo mundo”, destaca. Além disso, há uma parte destinada ao “mural”, na qual os internautas poderão deixar mensagens de incentivo ao esportista. O endereço do site é o www. homemlivre.com.

Criança livre

Outro objetivo do Homem Livre é angariar fundos para crianças carentes. Por meio do projeto Criança Livre, e em conjunto com duas entidades filantrópicas, o esportista pretende levantar recursos pelos países visitados para auxiliar crianças carentes no Brasil.

Veja a seguir seu relado de viagem.

Un free ragazzo til globe terreste!

Danilo Perrotti Machado

Não pensem que fiquei louco, mas as misturas de culturas, costumes e línguas já fazem parte da minha cabeça e de mim. Este sou eu, Danilo Perrotti Machado - Um Homem Livre pelo planeta terra! Depois de percorrer 30.591,80 km em 40 países de bicicleta e aguardando mais 15 pela frente, escrever assim é quase fácil. Espanhóis, ingleses, italianos, dinamarqueses, franceses, árabes, indianos e chineses... Enquanto passo pelas estradas de cada país tenho cada vez mais forte uma certeza, todos os seres humanos são semelhantes. Longe do Brasil desde 8 de agosto de 2008 nessa viagem ao redor do mundo, me surpreendi com o quanto os povos são hospitaleiros, e, principalmente os brasileiros!

Meu objetivo é ver um mundo sem fronteiras, onde não haja divisão entre povos e credos, conhecer cada cantinho do planeta e fazer contato com novos costumes e pessoas. A bicicleta foi a forma perfeita que encontrei para me inserir com facilidade na cultura de cada país, além de ser um meio de transporte barato e simples. Neste trajeto tenho sido recebido na maioria dos países com um sorriso enorme no rosto, seguido de olhares atentos e curiosos. E por mais incoerente que possa parecer a alguns, os povos do Oriente Médio, de religião islâmica, são os mais receptivos, faz parte da sua tradição tratar bem os estrangeiros. Quando passo de bike as crianças correm atrás de mim, me tocam, as mulheres da porta das casas olham de longe, os homens se aproximam com perguntas curiosas, como de onde eu venho, o que estou fazendo ali, para onde estou indo.

Em Oman, por exemplo, sempre recebia convites para almoçar e quando estava atravessando o deserto, os carros paravam e ofereciam água, comida, carona e até mesmo dinheiro. Na Turquia, Ásia, recebi vários convites para comer e tomar um “Chai Turco”. Muitas vezes no Irã os carros paravam e ofereciam frutas e bebidas. Agora, fora dos países islâmicos, fui muito bem recebido no Nepal, Sri Lanka, Laos e Camboja. Já a Europa... é fria até mesmo no comportamento das pessoas.

Um fato engraçado aconteceu no Sri Lanka, onde as pessoas são muito simples e com um baixo nível de estudo. Lá muitos não conhecem o Brasil, sempre vinham com um cumprimento em inglês. “Hello! Are You From?” Eu dizia: Brazil - South America. E eles concordavam: “Ah! América”, achando que eu era dos Estados Unidos. Já quando as pessoas conheciam o Brasil a conversa sempre levava a um nome de jogador de futebol.

Queria ouvir, tocar, sentir e ver o planeta com meus olhos, movido pelo meu próprio esforço físico e sentindo a poeira, o suor, o vento e a brisa no meu rosto. Retorno ao meu país tupiniquim em 11 de novembro de 2011, somando três anos, três meses e três dias de viagem ao redor do planeta terra.

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*Danilo Perrotti Machado é mineiro, administrador e esportista

Tecnologias no mínimo muito interessantes

Outra maravilha online que encontrei (alguém me mandou, perdoem-me, não me lembro quem...) foi o pedagiômetro. Em tempos em que nossos excelentíssimos representantes "vendem" e distribuem a torto as concessões de utilização de nossas estradas e não investem absolutamente nada visto que passam essa obrigação para as concessionárias (para onde vai o dinheiro do IPVA então?) é bom poder pelo menos calcular a "facada" recebida ao viajar por aí....(dá até dor no peito pq tem pedágio por aqui, bem pertinho, cobrando R$ 9,00 de ida e R$ 9,00 de volta... afe!).
Confiram:

http://pedagiometro.com.br

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tecnologias no mínimo muito interessantes

Pensei, pensei e resolvi começar logo a postar...
Bem, como tod@ aquarian@, me sinto atraída por artifícios tecnológicos dos mais variados, preferencialmente os fáceis e rápidos. Pero que sí, pero que no, resolvi postar meu mais recente vício computacional: benvindos (ficou assim depois da reforma ortográfica...aff...) ao Befunky! Befunky transforma fotografias em obras de arte ou em bizarrices. Vc escolhe. Faça o upload de uma foto e escolha que aplicação irá utilizar. É bem legal!


http://www.befunky.com/