terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Sopa de abóbora da Susana Ayres - receita vermífuga

4 xícaras de abóbora kabotiá (japonesa) com casca
1 colher (sopa) de tomilho
4 dentes de alho
6 cravos-da-índia
1 colher (sopa) de casca de limão ralada
sal e azeite a gosto
água que sobrar do cozimento (pouca)

Cozinhar tudo e bater no liquidificador. Tomar uma xícara no jantar, no início da refeição.

Vermifugando

Uma boa desintoxicação deve ser iniciada com uma boa vermifugação. Todo mundo tem verme, gente. Não é só cachorro e criança, não.

Eu tenho um histórico de infestação por amebas e giárdias, desde a infância. Vira e mexe os sintomas voltam e eu recomeço o tratamento. O que sei é que quando estou comendo bem, cuidando da cabeça e fazendo atividades que me dão prazer, fico longos períodos sem sintomas. Porque isso tudo eleva a imunidade nas alturas e os bichos correm.

Existem várias formas de vermifugação, natural ou nem tanto. Leio muito por aí que a fitoterapia funciona melhor que a alopatia contra vermes. Dá pra vermifugar tomando remédio de farmácia, tomando fórmulas manipuladas, e comendo o que expulsa, mata, enfraquece os bichos.

Dentre as possibilidades que conheço, resolvi seguir o protocolo da Susana Ayres (fitoterapia + água de argila) e alimentação vermífuga. À medida em que for fazendo as receitas vou colocando aqui.

Para entender mais sobre vermes, vale muito consultar o Blog da Sonia Hirsch: http://www.soniahirsch.com/search?q=vermes e o livro, da mesma autora, chamado Almanaque dos bichos que dão em gente.
 
 


Projeto desintoxicação 2017

Esse ano de 2016 não foi fácil, definitivamente. O ano que já já começa promete não ser dos mais fáceis também. Cenário político assustador, ano de inicializações (2+0+1+7 = 1), ano de Oxossi e Oxum, fechamento de períodos astrais importantes. 
Refleti muito e considerei que uma desintoxicação é necessária. 
A maior detox que fiz na vida durou mais de um ano e me restaurou a imunidade, a lucidez e o amor-próprio como nenhuma outra experiência de vida. Faz uns 5 anos que fiz. Eu segui um protocolo rígido da Sonia Hirsch na época, para cura da candidíase. 
O tempo passou, conheci novas técnicas, estudei mais, amadureci. 
Resolvi, então, iniciar uma nova experiência, um pouco diferente da anterior, porém com as mesmas bases: o corpo é sábio, naturalmente são, a vida é harmônica. Limpar corpo, mente, emoções nos ajuda a encontrar essa verdade. 
Isso pode ser construído a partir de uma alimentação melhor, controle de parasitas, eliminação de produtos deletérios, incorporação de práticas que promovam a saúde.

Vou compartilhar meu tratamento de desintoxicação, comentando os efeitos, tanto do que já conheço, quanto do que for descobrindo. Vou contar também sobre as dificuldades e as derrapadas que, sei bem, são inevitáveis e vão acontecer. A vida é esse meio lá meio cá, em busca do dourado caminho do meio. :)

Esse processo inclui:
- cortar alimentos ultraprocessados
- aumentar a ingestão de legumes e frutas
- diminuir o consumo de carnes
- beber mais água
- fazer limpezas ocasionais, de fígado, rins, estômago, intestinos
- diminuir bebidas alcoólicas e tabaco
- fazer uma atividade aeróbica, uma de fortalecimento muscular e uma de alongamento

Pretendo iniciar esse processo me restaurando no mar. Uns 10 ou 15 dias na praia, caminhando, tomando sol (se a chuva deixar, rs), tomando muito banho de água salgada e doce, lavando o corpo e a alma por dentro e por fora.
 Melhor forma de começar um novo ciclo é ouvindo o que nosso eu está nos dizendo e desejando.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Leite de alpiste germinado - Receita vegana

O alpiste germinado

Um leite vegetal cor de rosa, que coisa mais linda.
Lave bem 100g de alpiste e coloque para germinar. Achei que demora mais que muitas outras sementes que costumo germinar, mas não sei se é por causa do tempo frio que tem feito.
Eu germino sementes assim: lavo bem, coloco de molho coberto com água por 12 horas. Escorro a água, lavo as sementes, coloco em um pote de vidro (pode ser vidro de palmito, azeitona, essas coisas) coberto com voil preso com elástico. Viro o vidro e deixo encostado com uma angulação de uns 45º no escorredor de pratos mesmo. Vai ficar germinando lá, dentro da estufinha que o vidro faz. Tem que lavar umas duas vezes por dia, de manhã e à noite.
Após uma semana os brotos estarão parecidos com esses da foto.
Aí peguei metade dos brotos, mais duas colheres de arroz integral cozido e bati por cinco minutos no liquidificador com um litro de água. Coei no voil. Fica com uma cor linda!
Depois tempere a gosto, especiarias, cacau, banana madura, melado, o que preferir.
Vida em forma de leitinho. :)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Flan de castanhas de pequi - receitas da sociobiodiversidade

Eu consegui comprar um pacote de castanhas de pequi secas no Instituto Chão, um lugar com uma proposta super interessante de apoio à sociobiodiversidade, à agricultura orgânica, à agricultura familiar, com repasse de produtos pelo preço do produtor.

Resolvi fazer uns flans, umas coisinhas moles parecidas com pudim, que ficaram bem gostosos.
Esses eu fiz com leite de vaca, que não curto, mas eu tinha meio litro em casa, remanescente de um teste que comecei a fazer com kefir (conto depois). Então resolvi usar esse leite mesmo, acredito que ficaria muito boa essa receita com leite de amêndoas, de coco, de arroz...

A receita é simples:

Bata no liquidificador duas xícaras de leite, meia xic de castanhas de pequi hidratadas e duas colheres de melado de alfarroba. 
Dilua 2 gramas de agar agar e leve ao fogo por 2 min mexendo sempre. 
Coloque em forminhas e leve à geladeira por pelo menos duas horas e desenforme.

Pode ser um lanchinho ou sobremesa. 
Tem gosto forte de castanha de pequi, uma iguaria da minha infância.


Panquecas de levain

O levain é um fermento natural feito à base de farinha de trigo e água. 

É minha pira há algum tempo e tenho postado bastante lá na página do Facebook: 


Além de produzir pães de fermentação natural, deliciosos, duráveis, veganos e saudáveis, o levain se presta a uma série de outras receitas, ando testando muito.

Eu adorei descobrir as panquecas de levain. Misturo bem duas colheres de levain com um ovo caipira, uma colher de azeite e uma pitada de sal e coloco na frigideira. Elas ficam aeradas e saborosas. 

Nessa, coloquei uma pitada de caril ou curry:

Pode ser feita de forma bem simples: levain, ovo e só.

Comecei a pensar em outras possibilidades para fazer panquecas com levain e li que o grão de bico tem bastante triptofano, um precursor da serotonina, neurotransmissor essencial para o nosso bem-estar. Como ando numa fase meio triste, aparentemente precisando de serotonina (rs), resolvi testar um novo sabor com farinha de grão de bico: 

Misturei 2 colheres de farinha de grão de bico com uma de levain, 3 colheres de água, 1 de azeite, um ovo caipira, uma pitada de sal e uma de curry.

Tem que deixar cozinhar um pouco na frigideira tampada, deixei quase 10 min. 
Depois mais uns 3 min do outro lado. 
Pode rechear ou não. 
Ficou bem gostosa, leve e matou a fome durante umas boas horas.

Essa com farinha de grão de bico, levain e ovos.

Para receitas veganas, substitua os ovos por linhaça ou chia hidratada que fica bom também. 

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Carne de Jaca (Vegana, Gluten Free)

Estou devendo essa receita há um tempinho, fiz na semana passada alguns antepastos de jaca verde.
Conheço a jaca verde há alguns anos, desde que um amigo Hare Krishna me apresentou à coxinha de jaca. Depois disso criei vários pratos em que a jaca verde pode ser utilizada, todo mundo adora!

A princípio, costumo "transformar" a jaca verde em três sensacionais possibilidades: frango desfiado, palmito e fundos de alcachofra. 
Vejamos como:

Primeira coisa a fazer: ache uma jaca verde. Eu tenho encontrado pelas ruas mesmo, ou nas roças que visito a trabalho. Prefiro, às vezes, umas jaquinhas menores, pois rendem muito. Uma jaca um pouco maior que uma abóbora moranga rende duas panelas de comida.

Depois de retirar a jaca do pé e deixar escorrer um pouco o látex (uma cola branca espessa que pinga do talo cortado), pique a jaca em pedaços grandes, que caibam na sua panela. 
Cubra com água. Se for cozinhar na panela de pressão, deixe por cerca de 8 minutos. Se cozinhar em panela aberta, espete com um garfo após cerca de 30 minutos e veja se está macia.

Feito isso, a jaca está pronta para ser desfiada. Eu separo as partes da jaca porque acho as texturas diferentes e isso ajuda a aproveitar melhor em cada prato. As jacas muito pequenas são mais difíceis de fazer a separação, mas jacas do tamanho de uma melancia rendem texturas variadas.

Então, para separar as texturas e temperar:

1) Existe uma parte carnuda entre as fibras que seguram os caroços e a casca grossa da jaca. Essa é minha parte preferida, que acho mais saborosa. Corte rente ao "pé das fibras" primeiro e depois corte bem junto à casca grossa, com uma faca afiada. Pique em pedaços para imitar fundos de alcachofra. Essa parte eu tempero com orégano ou tomilho, azeite de oliva, sal e limão. Um dentinho de alho picado miúdo costuma combinar. Salsinha picadinha também.

2) As fibras que seguram os caroços: essas são incrivelmente parecidas com frango desfiado. Já vêm desfiadas, basta separar agora os caroços que vêm revestidos de uma polpa carnudinha (aqueles gomos que a gente come quando a jaca está madura). Eu costumo refogar as fibras como se fosse fazer um recheio de frango para torta. Refogo alho e cebola no azeite, colorau, açafrão, pimenta, azeitonas ou alcaparras, páprica, umas folhas de louro, ervas à escolha, tomate, pimentão, molho de tomate. Tudo isso ou alguns desses, à gosto. 

Esse se presta a recheios para salgados, tortas, cobertura de pizzas ou pra comer com arroz, com pão, com biscoitos.

3) As polpas dos caroços: descaroce os gomos e pique em pedaços. Fica parecido com palmito quando temperados. Esse eu tempero com alho, cebola, azeite e sal. Um tomate picado, um pimentão. Uma pimenta dedo de moça. Tudo a gosto. Eu gosto de misturar e servir tudo cru mesmo. Fica ótimo como antepasto também, servido com pão ou como cobertura de bruschettas.


A jaca absorve os temperos que você coloca, o que a torna um ingrediente versátil para criar muita coisa. Você pode inventar à vontade. 

DICA DE OURO: o látex da jaca cola em tudo, é um terror. Não sai com água. Não sai com água fervente. Não são com sabão. Maaaassss: é lipossolúvel, ou seja, se dissolve em óleos. Para retirar a goma das panelas, facas e mãos, o jeito é esfregar um papel toalha embebido em óleo de cozinha até dissolver tudo. Depois lavar com sabão ou detergente mesmo. 

Vale a pena, é saudável, zero gordura trans, zero colesterol, sem lactose, sem glúten, rico em vitaminas, minerais e fibras. E é um alimento vegetal proteico.