segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Esfoliante natural de mel



Andei experimentando esfoliantes corporais, dizem que ajudam a pele a se renovar e ativam a circulação periférica. Depois de algumas tentativas meio frustradas, considerei que devia haver um bom esfoliante caseiro, natural, sem aditivos químicos e lembrei da minha querida prima Geane que tinhas truques incríveis de beleza quando era adolescente. Eu adorava.

Daí fiz uma receita que mistura o que aprendi com ela e minha própria intuição. :-)

Misture duas colheres de fubá fino (usei de moinho de pedra, comprado na roça) com duas colheres de mel até formar uma pasta densa. Quando estiver bem misturado, pingue gotas de limão e vá misturando até adquirir a consistência que desejar. 

Eu fiz um tanto e guardei num pote no banheiro. Deve dar pra usar umas duas ou três vezes ainda, sendo que uso uma vez por semana. Creio que vá durar, mas volto aqui para contar em 30 dias, mais ou menos.

É o melhor esfoliante que já usei, esfolia de forma suave e deixa a pele macia. O limão ajuda a dar uma clareada na pele, mas se sua pele é sensível, tenha cuidado.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Muito assunto pra pouca hora

Andei reunindo as fotos que tirei nos últimos meses, de receitas que fiz e que queria postar aqui. A falta de tempo me rendeu e assim, fui deixando de lado, até o tempo resolver aparecer.

Eis que decidi postar as fotos, sem as receitas e sem maiores devaneios. Quem sabe assim, uma hora dessas, olho uma e escrevo sobre.

Delícia de pastel assado: massa integral e recheio de moranga com armesão e canela.

Três antepastos feitos com jaca verde: estilo salada de almito (pote roxo), tipo frango desfiado (pote azul) e imitando fundos de alcachofra ao azeite (pote transparente).

Nhoque delícia vegê: cogumelos frescos, abobrinha, azeitonas pretas chilenas, tomatinho doce.

Trufas natureba, integrais, sem leite, sem açúcar adicionado, sem glúten.

Não é receita mas vale a postagem: frutas maravilhosas desse nosso nordeste (acerola, cajá, umbu-cajá, cajá-manga e manga!)


Beringelas ao forno, recheadas com tomatinhos doces marinados, jilós recheados com queijo e legumes e vagens verdinhas e macias cozidas no vapor.

Os amigos adoram: pizza integral de presunto de parma, pesto de rúcula e muçarela de búfala.

Os amigos deliram: pizza de gorgonzola com pera.

Feito pela minha mestre-cuca da cozinha japa: sashimi de tilápia fresquíssima, com limão caipira,wasabi e molho shoyu.

Naturebíssimo: arroz integral macrô, brócolis e chicória refogados no alho, alface roxa e feijão branco ao dendê.

Hamburguer vegano: arroz integral, tofu defumado, aveia em flocos, gergelim, cenoura e temperos.

Raiz de lótus, lindos pulmõezinhos prontos para virarem chá que dissolve muco e refogadinho.
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Monsanto é condenada por propaganda enganosa

Esta notícia maravilhosa retirei do Blog Em Pratos Limpos e não escondo minha felicidade. Ainda tenho esperança de que, um dia, as propagadas enganosas, espalhadas aos sete-ventos com a pior má-fé, deixem de existir.

Monsanto é condenada por propaganda enganosa

22, agosto, 2012
 
Propaganda em que relacionava o uso de semente de soja transgênica e de herbicida à base de glifosato usado no seu plantio como benéficos à conservação do meio ambiente.

Por Ascom TRF4, 21/08/2012

A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou, na última semana, a empresa Monsanto do Brasil a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais causados aos consumidores ao veicular, em 2004, propaganda em que relacionava o uso de semente de soja transgênica e de herbicida à base de glifosato usado no seu plantio como benéficos à conservação do meio ambiente.

A empresa de biotecnologia, que vende produtos e serviços agrícolas, também foi condenada a divulgar uma contrapropaganda esclarecendo as consequências negativas que a utilização de qualquer agrotóxico causa à saúde dos homens e dos animais.

Segundo o Ministério Público Federal, que ajuizou a ação civil pública contra a Monsanto, o comercial era enganoso e o objetivo da publicidade era preparar o mercado para a aquisição de sementes geneticamente modificadas e do herbicida usado nestas, isso no momento em que se discutia no país a aprovação da Lei de Biossegurança, promulgada em 2005.

A campanha foi veiculada na TV, nas rádios e na imprensa escrita. Tratava-se de um diálogo entre pai e filho, no qual o primeiro explicava o que significava a palavra “orgulho”, ligando esta ao sentimento resultante de seu trabalho com sementes transgênicas, com o seguinte texto:

- Pai, o que é o orgulho?

- O orgulho: orgulho é o que eu sinto quando olho essa lavoura. Quando eu vejo a importância dessa soja transgênica para a agricultura e a economia do Brasil. O orgulho é saber que a gente está protegendo o meio ambiente, usando o plantio direto com menos herbicida. O orgulho é poder ajudar o país a produzir mais alimentos e de qualidade. Entendeu o que é orgulho, filho?

- Entendi, é o que sinto de você, pai.

A empresa defendeu-se argumentando que a campanha tinha fins institucionais e não comerciais. Que o comercial dirigia-se aos agricultores gaúchos de Passo Fundo com o objetivo de homenagear o pioneirismo no plantio de soja transgênica, utilizando menos herbicida e preservando mais o meio ambiente.

A Justiça Federal de Passo Fundo considerou a ação improcedente e a sentença absolveu a Monsanto. A decisão levou o MPF a recorrer ao tribunal. Segundo a Procuradoria, a empresa foi oportunista ao veicular em campanha publicitária assunto polêmico como o plantio de transgênicos e a quantidade de herbicida usada nesse tipo de lavoura. “Não existe certeza científica acerca de que a soja comercializada pela Monsanto usa menos herbicida”, salientou o MPF.

O relator do voto vencedor no tribunal, desembargador federal Jorge Antônio Maurique, reformou a sentença. “Tratando-se a ré de empresa de biotecnologia, parece óbvio não ter pretendido gastar recursos financeiros com comercial para divulgar benefícios do plantio direto para o meio ambiente, mas sim a soja transgênica que produz e comercializa”, afirmou Maurique.

O desembargador analisou os estudos constantes nos autos apresentados pelo MPF e chegou à conclusão de que não procede a afirmação publicitária da Monsanto de que o plantio de sementes transgênicas demanda menor uso de agrotóxicos. Também apontou que agricultores em várias partes do mundo relatam que o herbicida à base de glifosato já encontra resistência de plantas daninhas.

Segundo Maurique, “a propaganda deveria, no mínimo, advertir que os benefícios nela apregoados não são unânimes no meio científico e advertir expressamente sobre os malefícios da utilização de agrotóxicos de qualquer espécie”.

O desembargador lembrou ainda em seu voto que, quando veiculada a propaganda, a soja transgênica não estava legalizada no país e era oriunda de contrabando, sendo o comercial um incentivo à atividade criminosa, que deveria ser coibida. “A ré realizou propaganda abusiva e enganosa, pois enalteceu produto cuja venda era proibida no Brasil e não esclareceu que seus pretensos benefícios são muito contestados no meio científico, inclusive com estudos sérios em sentido contrário ao apregoado pela Monsanto”, concluiu.

O valor da indenização deverá ser revertido para o Fundo de Recuperação de Bens Lesados, instituído pela Lei Estadual 10.913/97. A contrapropaganda deverá ser veiculada com a mesma frequência e preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário do comercial contestado, no prazo de 30 dias após a publicação da decisão do TRF4, devendo a empresa pagar multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Ainda cabe recurso contra a decisão .


TRF4 – Via EcoAgência

Feminismo e o caso de Cece MacDonald

Encontrei esse excelente texto de Leda Ferreira no Blog das Blogueiras Feministas. Interessante e bastante denso. Para pensar e quebrar paradigmas.



Mulheres invisíveis


Ela andava pela rua junto com algumas amigas, quando de repente começam a ouvir vozes, proferindo ofensas raciais e sexuais. Era um grupo de homens e mulheres brancos, héteros e cissexuais, um dos quais é defensor da supremacia branca, a ponto de portar em seu corpo uma tatuagem da suástica nazista.

Palavras de baixo calão. Ouvir xingamentos é algo dolorido, e ela passava por aquilo todos os dias. Não suportou ouvir tantos despautérios. Tinha que reagir. Confrontou o grupo que agredia verbalmente ela e suas amigas, dizendo que não toleraria preconceito. A agressão verbal se tornou agressão física, e uma das mulheres a agrediu com um copo de vidro, ferindo-a no rosto. A vítima tentou escapar, e já havia chegado à esquina quando um dos agressores – Dean Schmitz, o nazista, que já tinha histórico criminal de violência – tentou impedi-la de escapar puxando-a pelo braço na direção dele. Ao fazer isso, a tesoura que a vítima trazia para se defender – a realidade da sua vida a motivou a tomar precauções para se proteger – entrou em seu peito, e ele morreu. Quando a polícia apareceu, a vítima, que estava num ato de legítima defesa, virou a ré, e acabou sendo a única pessoa presa. Foi processada e sua liberdade lhe foi tirada.

Apesar das evidências de autodefesa que foram levantadas, e de que as agressões verbais e físicas partiram do grupo de Schmitz, a corte se recusou a levá-las em consideração. A voz da vítima foi abafada. Foi enviada para uma prisão masculina, e até os remédios receitados para um tratamento de saúde lhe foram retirados. Seus direitos foram totalmente pisoteados.

Lendo esta história logo imaginamos um roteiro de um filme de suspense, ou até mesmo um drama ocorrido no século 19. Não, essa história não é ficcional, nem muito menos aconteceu num país que não respeita a liberdade dos seus cidadãos. Isso aconteceu nos Estados Unidos da América. Quando? Não, não foi no século 19, foi este ano, em pleno século 21. Achou absurdo? Acha que as autoridades americanas enlouqueceram? Como uma mulher pode ser vítima de agressões verbais racistas e sexistas, seguidas de agressão física, e ser considerada culpada por matar em auto defesa? E que idéia é essa de enviar uma mulher para uma prisão masculina? Será que não passou pela cabeça das autoridades que ela corre risco de vida em uma prisão masculina?

Toda essa história ocorreu com uma mulher chamada CeCe McDonald. CeCe, na nossa sociedade, não é vista como uma mulher. E porque não é vista? Simples: CeCe nasceu com um pênis, e na nossa sociedade pessoas que nascem com pênis são automaticamente classificadas como homens. Os genitais são considerados determinantes do gênero da pessoa. Ou seja, CeCe é uma mulher transexual. Isso por si só já bastaria para expô-la a todo tipo de preconceito de gênero, e transfobia. Não apenas isso, CeCe é uma mulher transexual e negra, o que também a expõe a racismo.

Será que CeCe, por ter nascido com um pênis, não pode ser uma mulher? Quem dita as regras? Quem disse que pessoas com vaginas são mulheres e pessoas com pênis são homens? Por que são outras pessoas que escolhem por nós a que gênero pertencemos, e não nós mesmos?


CeCe MacDonald. Clique na imagem para ler uma entrevista em inglês do site Pretty Queer com CeCe.

Ainda: mulheres com pênis não podem ter sua pauta de obtenção de diretos incluídos na luta feminista? Quem define isto?

Mulheres com pênis na nossa sociedade são tratadas como doentes mentais. Doentes porque ao nascer não aceitaram o rótulo de gênero que lhes foi imposto. Quem determina que pessoas que não se identificaram com o rótulo de gênero que receberam ao nascer são doentes mentais? As pessoas que aceitaram o rótulo de gênero que receberam no nascimento? Por que essas pessoas deveriam ter o poder de fazer essa definição, e de interferir na vida das pessoas transexuais desta forma? Porque essas pessoas têm o poder de classificar mulheres com pênis como pessoas anormais, e de negar a elas o reconhecimento de sua identidade de gênero?

E você, que é feminista? Acha que estas mulheres são anormais? Acha que estas mulheres devem ter os mesmos direitos que você tem? Acha que você, uma mulher que nasceu com vagina, é mais mulher que uma mulher com pênis? Acha que mulheres com pênis que sofrem injustiças devem ter apoio de ativistas que lutem por seus direitos? Se sim, o que você está fazendo?

CeCe McDonald é uma mulher, negra, e transexual, que desde sempre tem sofrido preconceitos raciais, como tantas outras pessoas negras, e desde sempre tem sofrido preconceitos de gênero, como tantas outras pessoas transexuais. Ao sofrer agressões verbais e físicas e reagir em auto defesa, viu o Estado, que deveria estar a favor dela enquanto cidadã, corroborar os preconceitos sociais, raciais e sexuais ao condená-la – por ter sobrevivido – a quatro anos de assédio sexual numa prisão masculina, não só por parte de presidiários, como também de funcionários, pois um Estado que pune uma vítima para inocentar o homem branco, hétero e cissexual de seu racismo e preconceito, certamente vai fechar os olhos para abusos cometidos pelos funcionários dos presídios.

Você, mulher feminista, que nasceu com uma vagina, acha que essa história não tem nada a ver com você? Que as demandas das mulheres transexuais não podem fazer parte das pautas do seu feminismo? Que as mulheres transexuais não merecem que você lute por elas? Até quando vai fechar os olhos para as mulheres cujo corpo não é o mesmo que o seu?

Nota: No site http://supportcece.wordpress.com, é possível acompanhar notícias sobre CeCe e o blog pessoal dela, e também obter informações sobre como ajudar financeiramente, enviar cartas, mensagens de apoio, livros e revistas para ela.  Leia também o post sobre o  caso de CeCe no site http://transfeminismo.com/, que possui  mais referências em idioma estrangeiro sobre o tema.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Comidinhas Naturebas: Guacamole (Receita Vegana)

Imagem fofa retirada do Google
Guacamole pode parecer tão óbvio, que eu nunca havia pensado em postar. Mas pensei bem e percebi que mesmo eu, uma precoce curiosa culinarística, só descobri o guacamole já com uns 20 anos. Trocando em miúdos: tá todo mundo perdoado. ;)

O guacamole é uma salada cremosa feita com base de abacate. Sim, é salgada. O estranhamento é devido à cultura brasileira de se consumir o fruto com açúcar. Mas abacate nunca precisou de açúcar para se gostoso. É maravilhoso de qualquer jeito, rico em gorduras do bem, vitamina E e ácidos graxos importantíssimos para a saúde, cuida de cabelos, pele e unhas, de dentro pra fora, de fora pra dentro.

O abacateiro é espécie exótica em nosso país, mas os estudiosos não se preocupam muito com possíveis invasões em ambientes naturais: os caroços costumas ficar sob a árvore mãe e raramente são carregados para longe. Também, com um peso daqueles!

Abacate tem um monte de tipos. Meus preferidos são o abacate manteiga e o avocado, primo chique do abacate, mais doce e denso, de gordura muito fina. Mas sem preconceitos, como todos e acho é bom.

Comida típica mexicana, o guacamole abriu espaço em outros países com a globalização e no Brasil faz a cabeça de muita gente esperta.

Minha receita não leva pimenta, já que sou um pouco sensível. Mas uma boa dedo-de-moça faz feliz quem pode, picadinha e misturada lá.

Minha receita:

1 abacate maduro, mas firme, amassado com o garfo
1 cebola média, picadinha
1 tomate maduro, mas firme, picado miúdo
1 pimentão de qualquer cor, em cubinhos
suco de 1 limão
3 colheres de azeite de oliva extra-virgem
sal a gosto
cheiro verde a gosto (para quem gosta, coentro combina muito bem)

Misturar tudo e pronto. Serve-se com saladas de folhas, pão, tortilhas e fica muito bom com os Doritos naturebas.


sábado, 18 de agosto de 2012

Comidinhas Naturebas: Tortéis de moranga ao sugo e de ricota com nozes ao pesto de rúcula (Receita Vegetariana)

Mais uma vez no furor culinário mode on. Robin disse: Batman, porque não usamos as deliciosas massas frescas de Quiririm para fazer tortéis? 

Maravilha. Moramos perto de uma colônia italiana, de onde saem massas frescas de primeira. Daí que os recheios para os tortéis pululavam nas nossas cabeças. O de moranga, meu amigo Gilberto Bolson, que aprendeu com a vó gaúcha, fez o favor de me ensinar. Claro que os dele são muito melhores, sabem como é, está no sangue. 

As massas para lasanha e caneloni, de Quiririm, são deliciosamente frescas e foram utilizadas aqui para substituir a massa caseira de tortéi. Garanto, fica excelente.

As receitas:

Recheio de moranga

três gomos grossos de abóbora japonesa
1 xíc de parmesão não muito duro ralado fino
1 pitada de noz moscada
1 pitada de sal
1 colher de chá de canela em
5 colheres de soa de azeite d eoliva extra-virgem

Cozinhar a abóbora no vapor (fica mais sequinha que na água). Amassar com um garfo e misturar os outros ingredientes. Esse recheio é o mais tradicional para tortéi e é meu preferido. Na minha opinião combina muito com molho ao sugo, feito em casa, de preferência com tomates orgânicos bem maduros e cozidos longa e lentamente. Um pouco de pimenta rosa (frutinhos da planta Schinus terebinhtifolius) dá um chame no acabamento e combina perfeitamente. Coloque uma colherada dentro de uma folha de massa fresca e aperte as beiradas com um garfo. Coloque no forno com o molho durante cerca de 15 minutos (a massa que utilizei é pré-cozida).

Recheio de ricota com nozes

200g de ricota fresca (usei congelada, não é a melhor mas dá certo também)
50 gramas de nozes quebradas bem miúdo
2 dentinhos pequenos de alho picados miudo
5 colheres de azeite de oliva extra-virgem
sal a gosto

Amassar tudo com o garfo e misturar. Rechear cada folha de massa fresca com uma boa colherada. Levar ao forno com o molho de sua preferências por cerca de 15 minutos (se a massa for pré-cozida). Achei que esse recheio combinaria muito bem com pesto de rúcula, receita aqui. Ficou muito bom, mas confesso que o sabor fica um pouco forte, pode não agradar a paladares mais sensíveis. ;)

Um frisante brut ou um prosecco fazem uma festa de acompanhamento.

Bom apetite!
 

Furor Culinário e a panela a vapor


Cozinhando abóboras jaonesas em baixo e descongelando ricota em cima.
Quem me conhece sabe que tenho um ou outro furor culinário, de tempo em tempo. E como tod@ amante da boa gastronomia caseira, vivo procurando novidades. Eis que inventei de comprar uma panela a vapor, dessas baratas, elétricas e que facilite certas manobras na cozinha. Fiquei encucada no começo, quando vi a figura: de plástico, cara de made in china (e é, claro). Mas funciona perfeitamente! Cozinha legumes, frutas e peixes, esquenta arroz integral, descongela rapidinho o que se precisa em cima da hora. Deve ter uma série de outras utilidades, que pretendo ir descobrindo, aos poucos. 

Coisas da vida moderna. Quem dera ter tempo e espaço para o slow food de cada dia. Enquanto não é assim, "a gente vai levando essa manha." ;)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Receitinhas Naturebas: pesto de rúcula! (Receita Vegana)

Atendendo a pedidos, mais uma receitinha natureba deliciosa (uma das minhas obsessões, aliás hahaha).

Aprendi a fazer com minhas queridas amigas matutuenses, que guardam verdadeiros tesouros culinários. Meu agradecimento a elas!





pesto de rúcula

1 maço de rúcula
folhas de manjericão
1 dente de alho
1/2 xíc. de azeite de oliva extra virgem
100g de nozes
sal a gosto

Bater tudo no liquidificador ou usando o  mixer. Só! :-)

Como como molho para macarrão, nhoque e lazanha, recheio de sanduíche (combina muito com presunto de parma e salada crocante), dá um bom molho para saladas e, claro, serve bem como pasta para dippar com os doritos naturebas que postei há alguns dias. 

Essa receita ode ser feita também com agrião e fica igualmente deliciosa.

sábado, 21 de julho de 2012

Receitinhas Naturebas: Abará, mas do meu jeito (Receita Vegana)

Aproveitei que estava com bastante feijão fradinho já demolhado em casa, produto da receitinha caseira contra fungos que andei fazendo e que você pode encontrar no Blog Deixa Sair, e fui procurar receitas pra alegrar o fim de semana.

Encontrei duas ótimas receitas de abará - o bolinho de feijão cru que serve de base para o acarajé - no Blog da Carol Daemon e adaptei de acordo com minha intuição e os ingredientes que tinha em casa. O resultado foi muito bom, algo entre abará e faláfel, de sabor sutil e leve. O acompanhamento foi uma saladinha verde estilo vinagrete (mas sem vinagre!) que combinou perfeitamente. 

Como havia comprado uma panela a vapor na semana passada, resolvi testar fazendo os bolinhos no vapor. Maravilha! A panela funciona que é uma beleza!


A receita do bolinho, adaptada:

250 g de feijão fradinho demolhado durante uma noite (cerca de meio quilo após a demolha)
1 cebola grande
2 dentes de alho
100 g de castanha de caju
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
sal a gosto

Bater tudo no liquidificador, com a ajuda de uma espátula, já que é um pouco denso (coloque um pouquinho de água, mas pouca, só para ajudar no começo). Bater um pouco a massa com uma colher, para aerar. Esse bolinho pode ser frito ou cozido no vapor, embrulhado em folha de bananeira, palha de milho, folha de caeté,ou qualquer outro invólucro que permita o cozimento. Usei palha de milho e cozinhei no vapor por cerca de 40 minutos.

A saladinha de acompanhamento:

 1 maço de ramas de cenoura (ou outro verdinho de preferência)
 1 maço de salsa
1 cebola picadinha 
Azeite, sal e limão a gosto

Complementa o sabor, fica excelente. 

Depois de comermos uns 5 bolinhos cada, minha parceira de cozinha deu a idéia de rechearmos com tahine. Delícia total. :-)

 

  

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Doritos* naturebas (Receita Vegana)



Me ocorreu de vir postar minha última obsessão, algo muito similar aos Doritos Dippas. Como os transgênicos, os aditivos químicos e a alimentação do consumo inconsciente não estão entre minhas preferências, eis que inventei os crocs com molho mais deliciosos do mundo. Tá certo, foi sem querer, só me caiu a ficha ontem, após dias produzindo e comendo. Fiquei feliz, já que essa é uma das naturebices que não há quem não goste. Tudo que faço acaba em minutos. Servi para família, amig@s, colegas. Todo mundo devorou.

Mais simples impossível: pão pitta (daquele árabe chato, chamado também de pão boina ou sírio) rasgado em pedaços, torrado no forno com azeite de oliva extravirgem ou manteiga de garrafa. Em alguns coloco um pouco de zattar por cima. Assim,  só eles, crocantes já são perfeitos. 

Mas um pouco de molho também vai bem e os torradinhos viram comida de festa.

Daí que faço babaganuje, hommus tahine e coalhada seca. Molhos perfeitos. Comi hoje com guacamole e, podem acreditar, é um espetáculo. 

Fácil, fácil. :-)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Festas Juninas Inclusivas

Adoro festas juninas! Além de serem festas alegres, tem todo aquele charme do inverno. É uma festa típica nossa, caipira de verdade. Claro que existem as festas juninas totalmente descaracterizadas, de caipira mesmo, muito pouco. 

Neste fim de semana fui a uma festa legal, com fogueira, quadrilha das crianças, comidas típicas, caldos, bolinhos caipira, pipoca (tá certo que rondam sempre uns refrigerantes, um vinho quente dooooce). Me emocionei ao ver uma menininha deficiente dançando com seu pai, feliz, incluída. Fazia parte dali, tanto quanto qualquer outra criança. Lindo de ver.

Enquanto estava ali, observando, pensei que as festas juninas seguem o modelo social heterosexista. Damas de um lado, cavalheiros de outro. Homem protegendo a mulher. Ainda que tenha algum participante de roupa trocada, a idéia nunca é de quebra da heteronormatividade e acaba contribuindo para o seu fortalecimento. 

Ao observar, compreendo ainda mais que para que consigamos uma sociedade realmente inclusiva, livre de discriminação e mais aberta, é necessário grande esforço coletivo e muita atenção. Vamos lá.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Ato Médico está no Senado.

Li no Blog da Sonia a notícia desagradável e desconcertante de que os médicos (indústria médica e farmacêutica) não desistiram do tenebroso e nebuloso 'Ato médico', que, no fim das contas, pretende desqualificar e subestimar todos os profissionais de saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, acupunturistas, terapeutas holísticos, terapeutas homeopáticos, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e tantos mais) e creditar aos médicos formados em faculdades convencionais a capacidade única e exclusiva de cuidar da saúde. 

O texto completo, com abaixo-assinado para o Senado e comentários interessantes, acesse aqui.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Basf desiste de transgênicos na Europa

E aí, será que vivendo em um paísão enorme e fértil como o nosso, seremos obrigados a importar não-transgênicos da Europa? 

Notícia da AS-PTA  
Número 570 - 20 de janeiro de 2012

A Basf, multinacional do setor químico com sede na Alemanha, anunciou esta semana a decisão de abandonar o mercado europeu de sementes transgênicas. Segundo um comunicado divulgado pela empresa, a decisão é devida ao fato de que “ainda existe uma falta de aceitação à tecnologia em muitas partes da Europa – por parte da maioria dos consumidores, agricultores e políticos”. A empresa irá concentrar seus esforços em “mercados mais atrativos para a biotecnologia de plantas na América do Norte, na América do Sul e nos mercados em crescimento na Ásia”.
A Basf é detentora da patente de uma das duas únicas variedades transgênicas aprovadas para cultivo na Europa: a batata transgênica Amflora, destinada à produção de amido para uso industrial. A produção de plantas alimentícias transgênicas para uso industrial é fortemente criticada em função do risco de contaminação de lavouras destinadas à alimentação. Desde que foi autorizada há dois anos, a Amflora foi cultivada em apenas algumas dezenas de hectares e já envolveu um escândalo em 2010, quando um campo experimental da própria empresa, na Suécia, foi contaminado por uma outra variedade de batata transgênica não autorizada, chamada Amadea. Um porta-voz da empresa declarou à AFP que, desde o episódio sueco, o cultivo da Amflora se limitou a uma parcela de dois hectares na Alemanha e que as vendas em 2011 foram “praticamente nulas” (UOL, 16/1/12).
Com a saída da Europa, a Basf interromperá a comercialização e o desenvolvimento de todos os produtos transgênicos destinados ao mercado Europeu, incluindo as batatas transgênicas para a produção de amido industrial (Amflora, Amadea e Modena), uma batata resistente a uma doença conhecida como requeima e uma variedade de trigo resistente a doença fúngica. A empresa apenas dará continuidade aos pedidos de autorização comercial que já estão em curso.
A notícia é, sem sombra de dúvida, uma grande vitória de todo o movimento anti-transgênicos na Europa e da forte resistência manifesta por consumidores e produtores. Não se pode deixar de observar, entretanto, que isso se deve, em parte, ao fato de que a biotecnologia não trouxe nenhum benefício real à população. Os consumidores não só não obtêm nenhuma vantagem ao adquirirem produtos transgênicos como, ao consumi-los, expõem-se a riscos ainda não devidamente avaliados. E os produtores, amplamente bombardeados com propagandas prometendo aumentos de produtividade e redução de custos de produção, atestam, na prática, que essas vantagens, quando ocorrem, são passageiras e que as lavouras transgênicas logo começam a provocar problemas antes inexistentes (que a indústria sempre promete resolver com seus novos lançamentos).
É evidente que se os transgênicos trouxessem benefícios reais (além dos benefícios econômicos para as empresas que os comercializam), a resistência europeia não se consolidaria. E é também verdade que nos países onde os transgênicos se difundiram (lembrando que o cultivo mundial está concentrado em apenas 4 países: EUA, Canadá, Brasil e Argentina) também existe forte objeção por parte de agricultores e consumidores – que infelizmente ainda não foi capaz de vencer o poder de lobby das indústrias sobre as instâncias decisórias dos governos, e nem o efeito provocado pela extrema concentração do mercado de sementes, que retira de circulação a maior parte das variedades convencionais e disponibiliza aos agricultores prioritariamente as transgênicas.

Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
Este Boletim é produzido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e é de livre reprodução e circulação, desde que citada a AS-PTA como fonte.
Para os números anteriores do Boletim, clique em: http://aspta.org.br
Participe! Indique este Boletim para um amigo e nos envie suas sugestões de notícias, eventos e fontes de informação.
Para receber semanalmente o Boletim, escreva para boletim@aspta.org.br
AS-PTA: Tel.: (21) 2253 8317 :: Fax (21) 2233 8363