sexta-feira, 10 de junho de 2011

E. coli e Gurts - será coincidência?

Muita coisa acontecendo nesse mundão de meu deus, nesse Brasil nosso também. Tanto assunto me deixa assim, paralisada. Foi Belo Monte pra cá e pra lá, Código Florestal, a suspensão dos kits anti-homofobia, metrô de Higienópolis e eu aqui, boquiaberta, sem saber o que postar sobre tudo isso. A verdade é que essa politicagem e desrespeito me chocam ainda.

Mas eis que surgiu um assunto que me chamou a atenção, em particular: a tal estirpe resistente de E. coli na Europa. Quando comecei a ver as chamadas, achei a história mal contada. Alimentos vegetais contaminados por uma cepa muito virulenta da bactéria (uma comensal inofensiva na maior parte do tempo, que vive nos nossos intestinos) e pessoas morrendo de infecção no continente referência em saúde, alimentação e saneamento? No mínimo estranha essa idéia. E começa o bombardeio de informações truncadas, a cada dia um novo dado, mais estranho que o primeiro. Colocaram a culpa no pepino, depois no broto de feijão, orgânicos, diga-se de passagem. Se tem interesse de grandes multinacionais por trás dessa conversa? Vai saber, conspiração é o que não falta nesse mundo. E considerando-se que o continente Europeu é o MAIOR importador de orgânicos do mundo e que houve, há poucos dias (17 de abril) em Bruxelas, na Bélgica, o International Days of Action (Dia de ação internacional para as sementes livres), acho que é para se pensar...

Outro assunto, ligadíssimo a esse, acontece no Brasil: tramita em regime de prioridade um projeto de lei do líder do governo na câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT - SP) que revoga o artigo da Lei de Biossegurança que proíbe a utilização das chamadas Gurts - Tecnologias Genéticas de Restrição de Uso. Uma das Gurts consiste na  'Tecnologia Terminator' e suas famosas 'Sementes Suicidas' que germinam uma única vez, obrigando os produtores a comprarem sempre as sementes que vão plantar, já que não poderiam mais guardar parte da safra para o replantio. Uma enorme afronta à soberania alimentar nacional.

O que Europa e Brasil tem em comum, nesse caso? É a pergunta que não cala.